Realização do Arquivo Memória Operária do Rio de Janeiro (Amorj/UFRJ), o livro Dieese – Instituição da Classe Trabalhadora (Lumen Juris, 2022) será lançado no próximo dia 8 (terça-feira), na Livraria da Travessa, no Centro, a partir das 16h30. A obra foi organizada pela sociológa Monica Paranhos (IFCS/UFRJ), a professora de Serviço Social da UFF Maria Cristina Rodrigues, e a antropóloga Elina Pessanha, coordenadora do Amorj. Reúne análises sobre a importância e a trajetória do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), feitas por representantes do movimento sindical, do meio acadêmico e do próprio Dieese.
A base para a produção do livro foi o debate virtual sobre a “Importância das Contribuições do Dieese para o Movimento Sindical”, realizado ainda durante a pandemia, em novembro de 2021. Entre os autores dos depoimentos estão, entre outros, o vice-presidente do Sindicato dos Engenheiros o Estado do Rio de Janeiro (Senge RJ), Clovis Nascimento; o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre; o historiador e ex-deputado estadual Gilberto Palmares (PT-RJ), outras lideranças sindicais, técnicos e dirigentes do próprio Dieese e professores e pesquisadores universitários.
“Na história do sindicalismo brasileiro e das relações de trabalho, o Dieese conseguiu um feito extraordinário: é uma entidade que atua em negociações para praticamente todos os sindicatos e no apoio a todo o espectro político sindical, incluindo as grandes centrais”, escreve Olímpio Alves dos Santos, presidente do Senge RJ. “Temos um sindicalismo pulverizado, mas o Dieese foi capaz de unificar a luta econômica, estabelecendo políticas setoriais relevantes.”
A entidade foi criada em 1955 pelo movimento sindical brasileiro, com o objetivo de desenvolver pesquisas que subsidiassem as demandas dos trabalhadores. Atualmente, o Dieese tem cerca de 700 associados, entre sindicatos, federações, confederações de trabalhadores e centrais sindicais, 17 escritórios regionais e cerca de 50 subseções (unidades dentro de entidades sindicais) e dois observatórios do trabalho (divisões que funcionam dentro de prefeituras, governos estaduais, para apoiar o poder público com pesquisas e análises).
O livro está estruturado em três partes. A primeira, intitulada Memórias sobre a trajetória do Dieese, conta a história da instituição, desde seu surgimento no contexto de grande atividade sindical, após a greve dos 300 mil (em 1953) e do Pacto de Unidade Intersindical. Na época, os trabalhadores precisavam enfrentar manipulação dos índices de inflação, por parte dos patrões, na negociação dos reajustes salariais. Na segunda parte, Produzindo e estimulando o conhecimento público, os autores abordam os estudos e pesquisas sobre questões relacionadas ao mundo do trabalho. E a última consolida a avaliação do “Dieese na percepção dos dirigentes sindicais”, como anuncia o título.
Lançamento
. Dieese – Instituição da Classe Trabalhadora (Lumen Juris, 2022)
. Dia 8 (terça-feira)
. A partir das 16h30
. Livraria da Travessa
Rua 7 de setembro, nº 54 - Centro - RJ - RJ