O Senge-RJ criticou as declarações de Edison Lobão, que afirmou ainda que as empresas do setor elétrico pagam “salários elevados” para os seus empregados.
Um grupo de engenheiros da Eletrobras enviou um e-mail ao ministro, afirmando que “alguns funcionários com cargo de gerência, diretoria e assessores recebem salários altíssimos”, mas que a holding “responde um processo na Justiça do Trabalho por praticar salários a mais de cem engenheiros abaixo do piso profissional definido pela lei 4.950-A/66.”
Para o representante sindical do Senge-RJ na Eletrobras, Eduardo Ramos Duarte, os engenheiros não podem arcar com a redução da folha salarial. Segundo ele, é preciso descobrir quem de fato onera a folha e divulgar o resultado.
Segundo a tabela de salários da própria Eletrobras, o menor salário para profissional de nível superior está na posição S061 (R$ 4.798,25). O chefe de divisão, menor cargo de chefia da empresa, tem um piso salarial de R$ 10.977,68, indicado na posição S089. Além disso, existe um adicional por cargo de chefia que para essa categoria (chefe de divisão) é por volta de R$ 5.000,00. Uma diferença de mais de 333%.