Lula comanda anúncio de investimentos na Via Dutra, Rio-Santos e Embraer

O presidente Lula acompanhou nesta sexta-feira (19/7), em São José dos Campos (SP), o anúncio da liberação de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 10,75 bilhões, para obras e intervenções na Via Dutra e na Rio-Santos. Serão R$ 15,5 bilhões em investimentos totais que incluem novas pistas da Serra das Araras e duplicações na BR-101 (RJ). O projeto tem potencial de gerar 40.000 empregos durante a implantação e de mais de 3.000 postos após a conclusão.

“Fiz questão de falar muito com o Mercadante (Aloizio Mercadante, presidente do BNDES), para a gente fazer o evento aqui. Por que é importante estar aqui, trazer os ministros? Porque precisamos passar para o Brasil a ideia das coisas boas que estão acontecendo. Quando vejo BNDES, Santander, Itaú e Bradesco se juntando para fazer a maior emissão de debêntures do país fico imaginando o milagre disso. Eu vivi quando os bancos públicos eram tratados como inimigo dos bancos privados, mas eles podem trabalhar em harmonia para construir o futuro”, afirmou o presidente durante o anúncio

O total em investimentos é o maior valor entre todas as concessões rodoviárias federais. O apoio financeiro de R$ 10,75 bilhões foi aprovado pelo BNDES para a Concessionária do Sistema Rio–São Paulo SA (CCR), nova operadora da Via Dutra e da Rio-Santos. O montante será liberado ao longo de sete anos, à medida que os investimentos forem sendo realizados. A estrutura inclui a maior emissão de debêntures incentivadas da história e do Banco, no valor de R$ 9,41 bilhões, que conta com R$ 500 milhões em debêntures verdes, associada a um crédito direto de R$ 1,34 bilhão.

“Aqui pela Dutra passa cerca de metade do PIB brasileiro. Se a gente melhorar ela, aumentamos a competitividade e a eficiência econômica, o trânsito na Grande São Paulo e a entrada no Rio de Janeiro, além de recolocar o Vale do Paraíba como polo econômico. E qual a inovação do projeto? O financiamento não tem subsídios, o BNDES estruturou uma solução que a garantia do projeto é ele próprio: a receita do pedágio e a solidez da empresa permitem isso”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante

Melhorias

O projeto consiste em operação, recuperação, ampliação de capacidade e melhorias da malha rodoviária concedida de 625,8 km, formada pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116 RJ/SP), principal corredor logístico do país, no trecho de 355,5 km entre São Paulo (SP) e Seropédica (RJ). E, ainda, pela Rodovia Rio-Santos (BR-101 RJ/SP), nos 270,3 km entre o Rio de Janeiro (RJ) e Ubatuba (SP). São dez praças de pedágio: sete na Dutra e três na BR-101. O projeto conecta 34 municípios, incluindo as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, os dois maiores polos econômicos do país, com 60 milhões de pessoas, que respondem por 41% do PIB do Brasil.

Menos tempo

Os investimentos prevêem a expansão de 40% na capacidade das rodovias, com a criação de 780 km de novas faixas. Destaque para a nova subida da Serra das Araras, com quatro faixas, e readequação da atual pista de subida para funcionar como descida. Essas intervenções elevarão a velocidade máxima no trecho para 80 km/h, reduzindo o tempo do percurso em 25% na subida da serra e em 50% na descida. Também fazem parte do projeto a duplicação de 80 km na BR-101, entre Mangaratiba (RJ) e Angra dos Reis (RJ), e a adoção do freeflow (cobrança automatizada sem passagem por cabine ou cancela) na região metropolitana de São Paulo e a implantação de 602 km de faixas adicionais.

“O BNDES já financiou 85% das concessões rodoviárias federais, ajudando a construir mais de 25 mil quilômetros de estrada. Agora, seguindo orientação do presidente Lula, o banco retoma esse protagonismo na melhoria das rodovias do país”, disse a diretora do banco, Luciana Costa

Da Embraer para o mundo

Em São Paulo, o presidente também assina contrato do financiamento entre o BNDES e a Embraer, de R$ 4,5 bilhões, para a exportação de aeronaves modelo E-175, para a empresa aérea American Airlines. O pedido da companhia aérea tem o objetivo de atender à demanda doméstica nos Estados Unidos.

O apoio do BNDES às exportações da Embraer foi iniciado em 1997 e prevê condições de competitividade similares às de suas concorrentes internacionais, que também contam com financiamentos dos bancos de desenvolvimento e agências de crédito à exportação dos seus países. O setor aeronáutico é considerado estratégico para o Brasil devido ao seu alto valor agregado em conteúdo tecnológico, inovação e capacitação de mão de obra. A operação autorizada está alinhada ao Programa Nova Indústria Brasil, na dimensão Indústria Mais Exportadora.

A Embraer projeta, desenvolve, produz e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer serviços e suporte pós-venda a seus clientes. Atualmente, é a terceira maior fabricante de aeronaves comerciais no mundo, sendo a líder na fabricação e comercialização de jatos comerciais de até 150 assentos.

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Fonte: Agência Gov | Foto: Ricardo Stuckert

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