Com informações da FNU/CUT
Elaborado para ser divulgado nos atos do Rio de Janeiro durante o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o Manifesto 8M RJ estabelece uma pauta de luta que inclui, entre outras bandeiras, a reestatização da Eletrobras e da Cedae. O documento é intitulado “Mulheres nas ruas em defesa da democracia! Sem anistia!”, e assinado por várias entidades do estado, entre elas a Federação Interestadual dos Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia RJ), CUT, CGT, PT, PCdoB, e outras.
“Chega de femicídio e de violência contra as mulheres do campo, da cidade e da floresta! Por emprego e renda, pela legalização do aborto e pelo fim da fome! Em defesa da educação e da saúde públicas! Em defesa da democracia e por que gritamos ‘sem anistia'”, propõe o documento, que também destaca a necessidade de reestatização da Eletrobras e da Cedae.
“Defendemos a reestatização da Eletrobras, alvo de mais privatizações que poderão inviabilizar o acesso ao fornecimento de energia segura em nossas casas, com o aumento da tarifa e também da desestatização das águas das barragens das hidrelétricas. O setor elétrico é estratégico para o desenvolvimento econômico do país e para promoção do bem-estar da população brasileira. O mesmo vale para a Petrobras e os Correios, que está em risco. Chega de privatizações, desmontes e sucateamento das estatais! A soberania nacional precisa ser garantida!”
Cássia Liberatori, diretora do Sintergia-RJ, e Virgínia Brandão, do Coletivo de Mulheres da Fisenge e diretora do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge RJ), se empenharam para que o Manifesto incluísse a defesa das duas reestatizações – Eletrobras e Cedae -, uma vez que as empresas em mãos privadas e destituídas de sua função social não têm compromisso com os direitos à água e à energia, em mais uma violência contra a população, em especial as mulheres.
“Água não é mercadoria! O acesso à água é dificultado pelo modelo de privatização da Cedae (Águas do Rio), que não garante condições adequadas do tratamento de resíduos sólidos, da coleta pública do ‘lixo’ e do abastecimento de água em áreas de moradia da classe mais pobre da população, prejudicando a saúde da trabalhadora e de sua família. Faz-se necessária a fiscalização das promessas de expansão da rede de esgoto nas áreas mais distantes do centro da cidade. Exigimos a reestatização da CEDAE (…)”
Leia o Manifesto 8M RJ na íntegra: