Engenharia em festa: No papel de Eunice Paiva, Fernanda Torres ganha o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama

Atuação em ‘Ainda Estou Aqui’, como a esposa do engenheiro e parlamentar Rubens Paiva, sequestrado e assassinado pela ditadura brasileira, trouxe o prêmio para o Brasil pela primeira vez

No último domingo (05/01), Fernanda torres ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz em filme dramático por sua atuação em Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles. 

Em uma disputa com grandes nomes do cinema norteamericano, Fernanda foi a escolhida na disputa que contava com Nicole Kidman, Angelina Jolie, Kate Winslet, Tilda Swinton e Pamela Anderson. Ela dedicou o prêmio à sua mãe, Fernanda Montenegro, que concorreu na mesma categoria dez anos antes, pela sua atuação em Central do Brasil, também dirigido por Walter Salles.

Engenharia comemora

Para engenheiros e engenheiras, o prêmio tem ainda mais significado: o nome e a memória de Rubens Paiva, a sua luta contra o autoritarismo e sua atuação pela engenharia nacional são honrados pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge RJ) e pela Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) desde a redemocratização do país.

Com a vitória histórica para a arte brasileira, o mundo, ao mesmo tempo que reconhece o brilhantismo de Fernanda Torres, conhece, também, a história deste herói brasileiro.

Em 2024, uma série de homenagens a Rubens completou uma década: durante o 10º Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros, em 2014, foi inaugurada a exposição “Engenheiro Rubens Paiva, presente!”, com textos e fotos da trajetória combativa do engenheiro que inspirou a principal lei de engenheiros e engenheiras, do Salário Mínimo profissional da Engenharia (4.950-A). 

Na mesma ocasião, o sindicato e a federação inauguraram dois bustos de Rubens Paiva: um em frente ao antigo DOI-CODI, na Tijuca e um na estação de Metrô que leva seu nome, na Pavuna. A morte de Rubens havia sido reconhecida pelo Estado um ano antes, em 2013, após conclusão de investigações da Comissão da Verdade que apontaram o batalhão na Tijuca como o local do assassinato de Rubens.

Entre obras de engenharia e de projetos que hoje são referências nacionais, Rubens Paiva esteve à frente da construção de casas populares no bairro da Pavuna (RJ), em um conjunto habitacional que hoje leva o seu nome, assim como a estação de Metrô mais próxima.  “Eternizar Rubens Paiva em praça pública é também um caminho para não deixar que caia no esquecimento o trágico desaparecimento de uma liderança que defendeu a democracia e a justiça social, como cidadão, como profissional e como parlamentar. E perdeu a vida por isso”, registrou Clovis Nascimento, vice-presidente do Senge RJ que, em 2014, exercia o mandato de presidente da Fisenge e hoje é secretário-geral.

 

Edição: Rodrigo Mariano/Senge RJ (com informações da Fisenge e Opera Mundi) | Fotos: Divulgação e Claudionor Santana

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