Após clara tentativa de retaliação para pressionar as bases a reavaliarem uma proposta de ACT já rejeitada, a direção da Eletrobras privada, em manifestação ao Tribunal Superior do Trabalho, recuou da estapafúrdia iniciativa de interromper a liberação de dirigentes sindicais com ônus para a empresa.
No dia 15 de outubro, a Eletrobras notificou os sindicatos sobre a interrupção da liberação com ônus para a empresa. Imediatamente, as assessorias jurídicas se mobilizaram em resposta.
Após o ajuizamento de medida judicial pelas entidades sindicais para coibir a prática antisindical direcionada aos dirigentes sindicais, obviamente com o objetivo de afetar toda uma categoria, a Eletrobras peticionou nos autos do processo do Dissídio do TST informando que tem interesse na retomada das negociações. Estamos no aguardo da designação de audiência pelo novo Ministro Relator, Lelio Bentes Corrêa, para designação da data.
Após serem notificadas, as entidades sindicais consolidadas em força coletiva na BASE RJ e na INTERFURNAS farão sua comunicação ao TST. Mas adiantamos que não há como buscar uma nova tentativa de conciliação se a proposta não for de fato melhorada e se a Eletrobras insistir em fazer demissões retaliatórias em nossas bases.
Não vamos tolerar tentativas de intimidação ou de ameaças à nossa legítima prática sindical! Não vamos deixar os nossos trabalhadores expostos porque a direção da Eletrobras não pode ser contrariada com a rejeição de uma proposta.
Ademais, repudiamos veementemente tentativas natimortas de golpes e abaixo assinados forjados por pequenos grupos com o objetivo de propor uma nova assembleia para deliberar uma mesma proposta que já foi rejeitada por ampla maioria dos trabalhadores. Fiquem cientes de que não é porque “deu certo” em outros lugares, que vamos sucumbir a este teatro. É lamentável o fato de usarem ambientes corporativos como sharepoint para disseminar uma petição golpista.
Se o interesse é retomar as negociações, as partes precisam estar desarmadas. Não faz sentido a Eletrobras persistir suas iniciativas de retaliação e dizer ao Ministro Relator que quer voltar ao ambiente de conciliação. Se não há “cessar fogo”, o litígio está posto. E se necessário for, tomaremos todas as medidas cabíveis nas mais diversas esferas.
Nenhuma demissão será ignorada, nenhum desligamento ou ameaça de direitos será alheio ao movimento sindical. Estamos
atentos a tudo e o nosso canal de denúncias [email protected] segue funcionando normalmente.
Sabemos muito bem por que chegamos até aqui. Temos a plena consciência das nossas premissas, daquilo que entendemos como pressupostos básicos dentro dos nossos direitos históricos conquistados.
A direção da Eletrobras precisa entender que não seremos vencidos pelo cansaço ou pressionados por tentativas de golpes ou de retaliação.
Estamos atuando de forma permanente com nossas assessorias jurídicas e já entramos em contato com diversos atores políticos e com centrais sindicais para reportar detalhadamente tudo o que tem acontecido desde que rejeitamos o que a Eletrobras denominou por conta própria de “proposta final do Acordo Coletivo”.
Se querem conciliar, parem imediatamente de demitir a nossa gente. Não vamos tolerar nenhum tipo de tentativa de opressão ou retaliação.
Estamos em estado de greve, prontos para o enfrentamento se for necessário! Na luta é que a gente se encontra!
Juntos somos mais Fortes!
SINTERGIA-RJ – SINDEFURNAS – STIEESP – SINERGIA/CAMPINAS – STIU-DF – STIEENNF – STIEPAR
SINEFI-PR – SINERGIA-ES – SINDEL – SINDUR – SENGE-RJ – SINAERJ – SINDECON – ASEF – AEEL
Fonte: Boletim Interfurnas – Base Rio