Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que, no primeiro trimestre de 2018, houve redução drástica no número de Acordos Coletivos fechados no Brasil. Estes documentos resultam de negociações coletivas que abrangem tanto o setor privado como o setor público empresarial.
No levantamento do Dieese, que leva em conta o mês da data-base, houve 4.752 acordos fechados nos primeiros cinco meses do ano, contra 6.636 em igual período de 2017, um número próximo à média observada nos últimos 5 anos.
Dentre estes acordos fechados e que tiveram previsão de reajuste salarial, de janeiro a maio de 2018, 90% deles conseguiram reajuste de, pelo menos, o valor da inflação do período, evitando perdas salariais. No entanto, entre os acordos que obtiveram ganho real, o valor mediano foi de apenas 0,86% acima da inflação.
Para o mês de maio, especificamente, com o registro de 137 acordos com previsão de reajustes salariais, 96% dos mesmos conseguiram pelo menos repor a inflação, sendo o ganho real médio de 1,1% e mediano de 0,6%.
No quadro de baixo crescimento econômico e baixa inflação, boa parte das negociações têm conseguido preservar o poder de compra dos salários dos trabalhadores.