Fonte: Fisenge*
“A engenharia, o sindicalismo, a democracia e a soberania nacional” são os temas do 12º Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros (Consenge), que será realizado entre os dias 9 e 11 de setembro, no Rio de Janeiro. O evento acontecerá de maneira híbrida, ou seja, de forma presencial e virtual, de modo a cumprir os protocolos vigentes da pandemia de covid-19.
De acordo com o engenheiro e presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Roberto Freire, o Brasil passa por um cenário político e econômico grave, que afeta diretamente a engenharia. “Desde 2016, o nosso país passa por reformas neoliberais, como a trabalhista e previdenciária, que aprofundam problemas sociais como desemprego e precarização das condições de trabalho”, afirma Freire. “Com a pandemia, esta situação se agravou, considerando a política de desmonte do Estado que acelera as privatizações e que teve início com o fim da política de conteúdo local, que desestruturou a indústria naval e de petróleo e gás, afetando diretamente a engenharia. Além disso, recentemente, uma emenda à Medida Provisória 1040/2021, de autoria do deputado federal Alexis Fonteyne (Novo-SP), propõe o fim do Salário Mínimo Profissional, direito histórico dos engenheiros e das engenheiras. Precisamos nos mobilizar para fortalecer os sindicatos e a organização coletiva dos trabalhadores junto com os movimentos sociais, além de denunciar as políticas que atentam contra a soberania nacional e contra o desenvolvimento social”.
Também serão discutidos no 12º Consenge os temas “Organização sindical” e “Resistir e reconstruir um Brasil soberano”, norteados pelos eixos: política de reestruturação sindical; sustentabilidade sindical; o futuro do trabalho e uma revisão da reforma trabalhista com foco nas formas de contratação; a construção de um novo projeto para o Brasil; a retomada dos setores estratégicos brasileiros; e meio ambiente, agricultura e soberania alimentar.
A engenheira e diretora da mulher da Fisenge, Virgínia Brandão, que também é diretora do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge RJ), enfatiza a importância da retomada do desenvolvimento social e econômico do país. “O desemprego, as condições precárias de trabalho e salários baixos afetam primeiro as mulheres, que também acumulam o trabalho doméstico neste momento de quarentena necessária, de pandemia. Também precisamos fortalecer a organização dos Coletivos de Mulheres nos estados e ampliar a participação das engenheiras nos sindicatos.” .
O 12º Congresso será realizado presencialmente no Hotel Mirador, em Copacabana (RJ), e na plataforma Zoom, virtualmente. Os sindicatos de engenheiros filiados à Fisenge devem realizar encontros estaduais para a eleição de delegados e suplentes aptos a participaram do encontro.