O primeiro Curso André Rebouças de Reforço de Cálculo, gratuito, promovido pelo Coletivo Força Motriz, formado por estudantes da UFRJ, em parceria com o Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge RJ) e o Clube de Engenharia, com apoio da Mútua, caixa de assistência dos profissionais do Crea, completou um mês no último dia 17 de outubro e prepara-se para ganhar um novo módulo. A partir de novembro, serão oferecidas também aulas de matemática, cobrindo os fundamentos básicos da matéria vistos no Ensino Médio, como forma de fortalecer o desempenho dos alunos na disciplina de cáculo.
Segundo Pedro Enrique Monforte, diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge RJ), o novo curso de matemática básica responde a uma necessidade apontada pelos próprios alunos. Reforçar essa base vai permitir aos estudantes abordar com mais segurança e clareza os conteúdos do cálculo avançado.
O curso, totalmente gratuito, conta atualmente com cerca de 20 alunos, em duas turmas – das 10h às 12h e das 14h às 16h –, sempre aos sábados, em sala cedida pelo Clube de Engenharia, no Centro. É possível se inscrever a qualquer momento para participar das aulas, que também contam com exercícios online. Os professores atuam de forma voluntária, recebendo auxílio transporte. “Também estamos abertos a novos voluntários, formados ou formandos, que queiram apoiar nosso corpo docente”, afirma Pedro.
Os estudantes inscritos não vêm apenas da Engenharia, mas também de graduações em Economia, Administração, entre outras. Na sua maioria, estão na UFRJ e na UERJ, mas também há alunos de faculdades privadas, como a Estácio ou da Universidade Veiga de Almeida (UVA). No dia 18 de outubro, o curso promoveu um aulão na própria UFRJ, como preparação para os estudantes que fariam a chamada P1 – primeira prova do semestre –, da matéria, marcada para dois dias depois.
O objetivo do Curso André Rebouças de Reforço de Cálculo é apoiar alunos de graduação da Engenharia que enfrentam problemas nas aulas ou já reprovaram na disciplina de cálculo. Na avaliação de Pedro, a matéria tem funcionado como uma barreira de dificuldade injustificável para a formação de engenheiros. Estudos mostram que na Engenharia, as taxas de evasão estudantil se concentram nos primeiros períodos dos cursos, e têm relação direta com as notas de Cálculo e Física, as quais, por sua vez, refletem as condições socio-econômicas dos alunos, diz o diretor do Senge RJ. Reforçar o domínio da matéria é, dessa maneira, uma forma de combater o elitismo da carreira.
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Saiba mais:
https://www.sengerj.org.br/posts/comeca-neste-sabado-10-curso-de-reforco-de-calculo-gratuito