Proposta para nova fundação de previdência da Eletrobras preocupa participantes e assistidos

Conselho Deliberativo da nova fundação não prevê paridade, colocando as decisões nas mãos da patrocinadora

Depois de seis anos analisando alternativas para a previdência complementar do grupo, três consultorias, anúncios ao mercado e visitas à Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), a Eletrobras privatizada finalmente convidou os representantes dos participantes e assistidos das fundações Previnorte, Eletros, Real Grandeza e Fachesf, para apresentar o resultado deste longo processo.

Segundo o informe do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), a proposta da chamada “Nova Estrutura Previdenciária da Eletrobras” apresentada à comissão de Previdência do CNE traz um conselho deliberativo de apenas ⅓ de eleitos, pondo fim à paridade entre representantes da patrocinadora e dos assistidos nas decisões da nova fundação. As diretorias eleitas pelos participantes também não constam no plano. Embora a operação envolva a incorporação de cerca de R$ 40 bilhões, foi dado ao CNE apenas 10 dias para o envio de sugestões.

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“A Eletrobras não detalhou a proposta, mas pelo pouco que foi apresentado, haverá um prejuízo irreparável aos participantes e assistidos das fundações”, destaca o informe do CNE. 

O coletivo solicitou mais informações à empresa, bem como os relatórios e pareceres emitidos pelas consultorias contratadas ao longo do processo e um prazo de 60 dias para tomar conhecimento dos dados entregues. A ideia é estabelecer um espaço de diálogo qualificado – e mais justo – entre os interessados.

Clique aqui para ler o informe do CNE na íntegra.

 

Edição: Rodrigo Mariano/Senge RJ
Foto: Real Grandeza/Reprodução 

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