Com o objetivo de discutir os principais pontos da Campanha Salarial 2012/2013 do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Indústrias Urbanas (STIU-DF) e o presidente do Sindicato dos Engenheiros de Pernambuco (Senge-PE) se reuniram com representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O encontro foi realizada na última quinta-feira (25), em Brasília. ,/p>
Durante a reunião, o diretor do STIU-DF Arthur Caetano destacou que a contraproposta apresentada pelo ONS é péssima e traz muitas perdas aos trabalhadores, o que pode desestimular a categoria comprometendo o seu desempenho.
O abono por perda de massa salarial foi um dos principais pontos discutidos. Ainda segundo o diretor do STIU-DF, a assessoria da Aneel informou que a saída para resolver essa questão seria a apresentação de um Plano de Cargos e Carreira (PGCR). O ONS nunca detalhou a perda de massa no orçamento.
“No entendimento de todos os participantes, até o momento o ONS não apresentou o seu PGCR de modo transparente, completo e detalhado, com suas faixas salariais e seu inter-nível sugerido em 3,0% (três por cento) conforme é praticado no Sistema Eletrobras”, conta Arthur Caetano.
Contraproposta do ONS prevê redução de benefícios
Durante a 1ª rodada de negociação, a empresa ofereceu reajuste de 5,24% referente ao Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, mas não ofereceu ganho real, ou seja, ganho acima da inflação.
Além disso, o ONS também afirmou que irá retirar do ACT o abono por perda de massa salarial para o próximo ano, que significa a perda do poder de compra por consequência da inflação. Segundo a empresa, essa seria uma exigência da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O ONS também propôs a redução da gratificação de férias de 80% para 2/3 do salário.
Isso significa, por exemplo, que um trabalhador que receba R$ 1.000,00, receberá de gratificação R$ 667,67. Antes, ele recebia R$ 800,00. A empresa também propôs o reajuste do tíquete refeição de R$ 28,50 para R$ 32,00.
“A empresa está impondo perdas na remuneração anual dos trabalhadores do ONS”, critica o diretor do Senge-RJ, Gunter de Moura Angelkorte.