Em agosto, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.589,78, 4,16 vezes o valor vigente, que é de R$ 622. A pesquisa é realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que se baseia na cesta básica mais cara do Brasil.
Este mês, o maior valor de cesta básica foi apurado em Porto Alegre (R$ 308,27). Depois aparecem São Paulo (R$ 306,02) e Rio de Janeiro (R$ 302,52). Os menores valores foram observados em Aracaju (R$ 212,99), Salvador (R$ 225,23) e João Pessoa (R$ 233,36).
Para calcular o salário mínimo necessário, o Dieese explica, em nota, que também “leva em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para a manutenção de um trabalhador e a família dele, suprindo gastos com alimentação, moradia, educação, vestuário, saúde, transportes, higiene, lazer e previdência social.”
Em agosto de 2011, o salário mínimo necessário era de R$ 2.278,77 ou 4,18 vezes o valor mínimo em vigor na época, R$ 545,00.
Batata e tomate têm aumentos expressivos
Na comparação dos preços de agosto em relação a julho, nove dos treze produtos que compõe a cesta básica registraram aumentos no preço médio. Os mais expressivos foram os verificados para a batata (38,89%) e o tomate (17,69%). Banana, carne e leite apresentaram reduções de preço neste mês, todas inferiores a 2,00%. O preço do feijão ficou estável.
A cesta básica é composta por carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga.
Tempo de Trabalho
De acordo com a nota publicada pelo Dieese, a alta de preços na maioria das capitais determinou o aumento do tempo de trabalho necessário para comprar a cesta básica em agosto.
Ainda segundo o estudo, para adquirir o conjunto de produtos alimentícios essenciais, o trabalhador que recebe salário mínimo precisou trabalhar 95 horas e 03 minutos, 3 horas a mais que em julho deste ano. Em agosto de 2011, a jornada média de trabalho exigida para a compra da cesta somava 94 horas e 38 minutos.