O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge RJ) vai realizar nos próximos dias 13, 15 e 20 de junho o Seminário Pré-Consenge, etapa estadual preparatória, para debate de propostas e eleição dos delegados que irão defendê-las no 13º Congresso Nacional dos Sindicatos de Engenheiros (Consenge), marcado para 31 de agosto a 2 de setembro, com patrocínio da Mútua. O Seminário Pré-Consenge acontece no auditório do Senge RJ, no centro, sempre das 18h30 às 21h, e destina-se a todos os diretores, suplentes e representantes sindicais – o conselho de representantes.
O tema do 13º Consenge será “Reconstruir o Brasil com soberania popular, engenharia e o movimento sindical”, uma referência ao esforço do governo Lula de reestruturar o Estado, sua capacidade de investimento e suas políticas públicas. Entre as teses que estarão em pauta no congresso, elaboradas por especialistas, o Senge RJ escolheu três, que são distribuídas ao conselho de representantes.
A primeira a ser discutida, no primeiro dia do pré-congresso, 13 de junho, é “Uma política econômica e social para a reconstrução do país e a superação das desigualdades”, escrita pelo economista Ladislau Dowbor, que fará palestra para apresentá-la aos participantes, que poderão debatê-la, com mediação de Clovis Nascimento, vice-presidente do Senge RJ.
No segundo dia, 15 de junho, o tema é “Políticas públicas estratégicas: cidades, soberania ambiental e alimentar”, com palestra da autora da tese, a arquiteta e urbanista Tainá de Paula, atual secretária municipal de Meio Ambiente e Mudança do Clima. A mediação dos debates ficará com Patricia Apicelo, diretora do Senge RJ.
No dia 20, o seminário vai tratar de “Uma nova política sindical”, com palestra de Juvandia Moreira, vice-presidente da CUT Nacional, e debates moderados por Jorge Saraiva, diretor do Senge RJ. A programação do último dia também prevê a eleição dos delegados que vão representar o Rio de Janeiro no 13º Consenge, programado para acontecer no Hotel Mirador Rio Copacabana.
O número de delegados eleitos por cada sindicato, dos 12 filiados à Fisenge, depende do número de associados no estado. O Senge RJ vai eleger 19 delegados, que, para se candidatarem, precisam ter participado – remota ou presencialmente – dos três dias de debates.
“O Consenge, por ter a participação apenas de sindicalistas, engenheiros e engenheiras com atuação efetiva no movimento, tem o diferencial de ser muito focado”, conta Clovis Nascimento, que também é secretário-geral da Fisenge. “As teses, moções, recomendações e propostas resultantes do congresso são enviadas a parlamentares e autoridades governamentais, e têm, historicamente, grande protagonismo na formulação de políticas públicas nos diferentes ministérios. Exceção, claro, à época em que o governo foi capturado pela extrema-direita, que não ouve sindicatos. Minha expectativa é que, este ano, vamos produzir um conteúdo relevante para um momento histórico de reconstrução nacional, uma oportunidade rara de avanços nas pautas da engenharia relacionadas aos direitos do trabalho, do desenvolvimento econômico e da justiça social.”