Senge-RJ aponta os riscos das MPs 577 e 579

Em assembleia realizada no Cepel, sindicato analisou as medidas provisórias

Cerca de 50 trabalhadores do Cepel estiveram presentes, na tarde desta terça-feira (06), em uma assembleia promovida pelo Senge-RJ na empresa. A reunião foi conduzida pelo diretor do sindicato Agamenon Oliveira, que analisou as medidas provisórias 577 e 579, sancionadas pela presidenta Dilma Rousseff.

“O discurso de reduzir as tarifas de energia é bonito. Mas precisamos saber a que custo isso vai ser feito”, critica Agamenon.

Durante a reunião, Jéssica Naime, técnica do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos, fez uma apresentação sobre os riscos das MPs, especialmente para os trabalhadores.

Em documento entregue aos parlamentares na última semana, o Senge-RJ defende a tarifa “a preço de custo”. Isso significa que os custos totais da produção sejam contabilizados na tarifa, inclusive aqueles relacionados à manutenção de um quadro técnico bem preparado. Por isso, apresenta preocupação com possíveis demissões e aposentadorias compulsórias dos trabalhadores do setor.

“As empresas tem falado em redução de custos e o foco tem sido os trabalhadores. É o tal “P” da sigla contábil PMSO (Pessoal, Material, Serviços, Outros). Chesf e Furnas já tem um plano de reestruturação anunciado, com vistas ao ‘enxugamento’ do quadro de trabalhadores. O Grupo Eletrobras apresentou aos sindicatos um Plano de Otimização das Despesas com PMSO com o objetivo de ajustá-las aos novos patamares de receita após a redução tarifária”, afirmou o Senge-RJ, no documento.

 

Veja o documento “As novas medidas para o setor elétrico: Redução de tarifas a que custo?” divulgado pelo Senge-RJ.

 

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