O Senge-RJ entrou como terceiro interessado em um processo contra a Eletrobras, iniciado por uma denúncia realizada anonimamente contra a empresa. O trabalhador questiona a compensação das horas de greve, que aconteceu em julho, durante a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2012/2013. As outras partes consideradas interessadas pela Justiça são a pessoa que denunciou e a própria empresa.
Sem realizar um acordo com os trabalhadores e sindicatos, a empresa ordenou a compensação de 96 horas até 31 de janeiro. Segundo a denúncia, 2.000 empregados estão sendo atingidos.,/p>
“Conversei com o secretário da procuradora e ele me disse que seria possível o Senge-RJ ingressar no processo como terceiro interessado, já que representa um grande número de profissionais que integram o grupo Eletrobras”, afirmou o advogado do Senge-RJ, Luiz Fernando Contreiras.
“O Senge-RJ foi o primeiro a entrar com esse pedido diante do Ministério Público do Trabalho. Isso mostra como ele está atuando sempre”, afirmou o diretor do sindicato Gunter de Moura Angelkorte.
Gunter disse ainda que Eletrobras não tem nenhum documento que diga que os trabalhadores tenham que compensar as horas de greve. Ainda segundo ele, a paralisação foi legal perante a justiça.
“A empresa também tem responsabilidade na greve porque só apresentou proposta depois da primeira paralisação”, criticou Gunter.
Os trabalhadores do sistema Eletrobras fizeram duas paralisações em julho deste ano. A primeira aconteceu entre os dias 4 e 6 de julho. A segunda teve a adesão de 27,5 mil eletricitários das 14 empresas do grupo. Os trabalhadores ficaram em greve por duas semanas.