O Senge-RJ entregou, na tarde desta terça-feira (30), um documento aos parlamentares, em que apresenta dos riscos das medidas provisórias 577 e 579. O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e a Plataforma Operária também estiveram presentes. A reunião foi realizada em Brasília. Os diretores do Senge-RJ Agamenon Oliveira e Gunter de Moura Angelkorte estiveram presentes.
No documento, o Senge-RJ afirma que as MPs levam à descapitalização das empresas, ou seja, à perda de receita, necessária para investimentos. Além disso, isso pode levar à futuras privatizações. O sindicato defende, ainda, que é necessário fortalecer o papel das empresas estatais como promotoras do desenvolvimento do país.
Além disso, o Senge-RJ defende a redução da tarifa “a preço de custo”. No entanto, demonstra preocupação com a valorização do quadro técnico e com possíveis demissões, aposentadorias e redução de benefícios.
O Senge-RJ criticou ainda que essas medidas provisórias foram feitas sem diálogo. No documento, o sindicato reforça a retomada do diálogo, para que as mudanças no setor elétrico sejam positivas tanto para o setor quanto para os trabalhadores e a sociedade.
O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos (Dieese) também apresentou um estudo técnico sobre os riscos e problemas das MPs.
Os parlamentares afirmaram compreender os riscos e afirmaram que é importante é mobilização dos trabalhadores, especialmente no momento da votação das 431 emendas da medida provisória. Segundo eles, o sentido final dela pode ser alterado de acordo com as emendas que forem aprovadas.
Audiências públicas
Depois das críticas pela falta de diálogo para a criação das medidas provisórias, o Congresso Nacional marcou quatro audiências públicas para as MPs. Elas serão realizadas nos dias 6, 7, 13 e 14 de novembro.
Defesa do setor
Os trabalhadores da Chesf realizarão, nesta quinta-feira (01), um abraço à empresa, representando a defesa do setor elétrico e dos empregados.