SENGE-RJ promove novo Café & Política

Mesa de debates deste mês teve como tema “Pré-sal: soberania ou dependência”

O SENGE-RJ recebeu, nesta sexta-feira (16), o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o geólogo Guilherme Estrella e o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) Francisco de Oliveira para a segunda edição do Café & Política. A mesa de debates deste mês teve como tema “Pré-sal: soberania ou dependência”.

Um dos principais pontos de discussão foi o Projeto de Lei 131/2015, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que propõe retirar da lei a obrigatoriedade de que a Petrobrás seja a operadora única do pré-sal. Além disso, também foi criticada a tentativa de passar o projeto em regime de urgência, descartando qualquer possibilidade de discutir suas consequências para o Brasil.

“O pré-sal é produto de décadas de investimento da Petrobrás. O que as empresas estrangeiras descobriram aqui? Nada. A Petrobrás descobre e as empresas apenas esperam a próxima rodada de leilão. Além disso, temos que investir para desenvolver a tecnologia aqui no Brasil. Essas empresas não vão investir aqui, vão investir lá fora”, afirmou o geólogo Guilherme Estrella.

Estrella é considerado o “pai” do pré-sal por ter sido o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, o geólogo que mapeou as reservas. O geólogo, no entanto, afirma que quem deveria receber esse título é o presidente Lula.

“Em outros governos, a regra era a Petrobrás encolher. Se ele não tivesse revertido isso, a exploração teria sido encerrada em 2008. No entanto, ele determinou a recuperação da atividade exploratória. Foi uma decisão dele e a Petrobrás voltou a ser agressiva”, disse Estrella.

Outro ponto debatido foi a crise política e econômica no Brasil. Para o senador Lindbergh Farias, mesmo neste momento, é fundamental manter as conquistas sociais.

“Não podemos regredir até antes da época do Lula ou até antes da Era Vargas. Existem projetos tramitando na Câmara que querem tirar até as conquistas trabalhistas da época de Getúlio Vargas. Não podemos deixar isso acontecer. Temos que associar a luta em defesa pelo mandato da presidenta Dilma Rousseff com a mudança no rumo da política econômica. O melhor amigo é aquele que fala a verdade. Não vai ser o mercado financeiro que vai salvá-la, mas, se mantivermos as conquistas do povo, eles podem tentar o golpe que quiserem”, defendeu o senador.

Também estiveram presentes o vereador Reimont (PT-RJ), o engenheiro Fernando Siqueira, da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) e representantes de movimentos sociais e sindicatos.

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