SENGE-RJ repudia declarações de Moreira Franco

O Ministro-Chefe da Secretaria de Aviação culpa engenheiros pelo atraso nos aeroportos

O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (SENGE-RJ) repudia as declarações do Ministro-Chefe da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, dadas à imprensa, neste sábado (2/11), sobre o atraso das obras nos aeroportos do país. Moreira Franco responsabilizou os engenheiros brasileiros, afirmando que os profissionais “são ruins e elaboram projetos mal feitos”.

O Ministro parece desconhecer os reais motivos que levaram ao atraso das obras e ataca uma categoria que historicamente contribui para o desenvolvimento nacional. Inclusive, é bastante conveniente culpar os engenheiros brasileiros do que reconhecer a baixa qualidade dos processos licitatórios nas obras dos aeroportos. São aceitos projetos básicos para as obras, que depois precisam ser detalhados.

Neste domingo (3/11), o Ministro divulgou uma tentativa de retratação, em que diz: “tenho certeza que rapidamente teremos empresas de projetos e execução de obras com a mesma qualidade que tivemos no passado”. Tais declarações, certamente, sinalizam uma tentativa de desqualificação de uma categoria essencial ao desenvolvimento do país e ao bem-estar da população.

Moreira Franco deveria lembrar-se da sua história política. Destacamos o período em que foi prefeito de Niterói pelo PDS – partido que apoiou a ditadura militar no Brasil. Época em que construiu obras viárias de baixa qualidade e que não respeitaram o padrão exigido pela engenharia. Os reflexos de sua má administração podem ser vistos ainda hoje. Além de suas práticas populistas de falsa participação popular, como as ocasiões em que levava os engenheiros da prefeitura até o campo de São Bento e os ridicularizavam publicamente.

Ressaltamos a relevância de a engenharia ser tipificada como carreira do Estado para o fortalecimento de sua função social, conforme descrito no Projeto de Lei nº 13/2013.
Reiteramos o compromisso do SENGE-RJ em defesa dos profissionais, da engenharia nacional e da soberania nacional.

 

Pular para o conteúdo