Foto: a indomesticável Mafalda, do argentino Quino
Depois de um carnaval marcado por protestos políticos contra o governo, os movimentos sociais, nove centrais sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, CGTB, CSP-Conlutas e Intersindical), a Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo, e partidos de oposição ao governo Jair Bolsonaro decidiram, na tarde desta quinta-feira (27), convocar manifestações em março por todo o país, em defesa dos serviços públicos, empregos, direitos e democracia. Os atos têm como principal palavra-de-ordem “Ditadura Nunca Mais” e já estão agendados:
- dia 8 – Dia Internacional da Mulher (no Rio, o ato acontece no dia 9 de março)
- dia 14 – Dois anos do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes
- dia 18 – Paralisações e grandes manifestações em defesa dos serviços públicos, emprego, direitos e democracia. Está prevista greve na educação federal e em alguns estados.
Para a próxima terça-feira (3), às 10h, está programada uma reunião dos partidos e outras organizações da sociedade civil no Congresso Nacional, que terá na pauta a defesa do Estado Democrático de Direito e das instituições republicanas. São esperados representantes das centrais sindicais, da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e ABI (Associação Brasileira de Imprensa), dos partidos do campo progressista — PT, PDT, PSB, PCdoB e PSol — e possivelmente do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), entre outras lideranças parlamentares.
Segundo o presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Iago Montalvão, os estudantes também participarão do ato do dia 18 pedindo a demissão do ministro da Educação, Abrahan Weintraub. “Nós não vamos às ruas para defender os interesses dos políticos que estão lá no Congresso”, disse o Montalvão. “Vamos defender os princípios da democracia e tanto o Legislativo quanto o Judiciário independentes são princípios democráticos.”
Nas próximas semanas, reuniões e plenárias estaduais, promovidas por centrais sindicais e movimentos sociais, devem organizar a mobilização para os atos, com ênfase no dia 18 de março, que terá a manhã dedicada a assembleias e paralisações em diversas categorias, e a tarde, à manifestação unificada.
Fonte: com informações do DIAP e da CUT