No início de outubro, os trabalhadores em assembleia aprovaram o Acordo Coletivo de Trabalho 2016-2018(ACT) com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A proposta reajusta os salários de acordo com a inflação do período, em 8,97%, mas diminui pela metade a promoção por mérito dos trabalhadores. Antes havia uma verba de 2% (aplicada em Janeiro de cada ano) para a meritocracia (PGCR), a ONS propõe agora apenas 1% (aplicado a partir de Julho/2017).
Segundo o diretor da Federação Interestadual de Sindicato de Engenheiros (FISENGE) e do SENGE RJ, Gunter Angelkorte, a perda de direitos em acordos com a ONS tem sido um histórico. “A intersindical indicou a recusa da proposta, mas a gente sabe que há pressão aos trabalhadores. No passado foi perdida a gratificação de férias de 100% para ⅔ e a cláusula de reposição da perda de massa salarial”, explicou.
Só o Rio de Janeiro abarca a maioria dos trabalhadores do ONS. O operador atua ainda em Recife, Brasília e Florianópolis. A decisão na capital carioca influencia o quadro nacional dos trabalhadores. O ACT vale por dois anos (a cada ano discute-se a parte econômica), sendo a data base considerada para agosto.