Os trabalhadores da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) decidiram, em assembleia, fazer uma paralisação de 48 horas nesta quinta (17) e sexta-feira (18). A decisão foi tomada após, mais uma vez, a empresa não apresentar nenhuma nova proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2013/2014. A empresa ofereceu apenas reajuste relativo ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Os trabalhadores realizaram uma paralisação de 24 horas no dia 18 de setembro, com adesão de mais de 90% dos funcionários. Foi a primeira greve da história da EPE.
Além disso, os empregados fizeram uma nova proposta para ser entregue à empresa, com as 12 principais reivindicações. Essa nova proposta foi solicitada pela própria EPE.
Através de um informe, os empregados criticaram a posição da empresa durante o processo negocial.
“Esta foi a única saída encontrada pelo conjunto dos empregados diante do descaso e desrespeito por parte da direção da empresa ao processo negocial instaurado desde o mês de Abril”, afirmaram no documento.
A pauta de reivindicações dos trabalhadores foi entregue no dia 5 de abril e, desde então, as rodadas de negociação vem sendo adiadas. Foram realizadas até o momento duas rodadas de negociação.
Trabalhadores enviam carta aberta e destacam indignação com a situação da empresa
Os trabalhadores da EPE, representantados pelos Senge-RJ, Sintergia-RJ, Sindecon-RJ e Sinaerj, divulgaram uma carta aberta à instituições governamentais, movimentos sociais e população. No documento, os empregados destacam a indignação com descaso da empresa. “A mensagem transmitida pela direção da EPE aos seus empregados tem sido muito clara: ‘quem não estiver satisfeito que vá trabalhar em outro lugar!’Indignados com esta situação absurda, em que a EPE e o Brasil só têm a perder, os empregados decidem vir a público para expor os desmandos que colocam em risco a continuidade dos excelentes serviços prestados por esta empresa, que é única em sua área de atuação, e comprometem o planejamento energético do país”, afirmam no documento. Para ler a carta completa, clique aqui.
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