Entre os dias 20 e 24 de outubro, os(as) empregados(as) da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) realizaram nova paralisação de 72 horas, iniciada à 00h da última terça-feira, dia 21/10, parte do calendário de mobilizações aprovado em assembleia. A decisão reafirma o compromisso da categoria com a conquista de um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2025–2026 justo e digno, que reconheça o papel estratégico dos trabalhadores da EPE para o setor energético nacional.
A assembleia realizada no dia 17/10 deliberou, por ampla maioria, pela rejeição da proposta final apresentada pela empresa, tanto nas cláusulas econômicas quanto nas não econômicas.
Além disso, foi aprovado um calendário progressivo de paralisações para as próximas semanas, caso a EPE não apresente uma nova proposta satisfatória:
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Semana de 20 a 24/10 – paralisação de 72 horas (início às 00h de 21/10);
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Semana de 27 a 31/10 – paralisação de 96 horas (início às 00h de 28/10);
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Semana de 03 a 07/11 – paralisação de 96 horas (início às 00h de 04/11);
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Semana de 10 a 14/11 – paralisação de 120 horas (início às 00h de 10/11);
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Greve por tempo indeterminado a partir de 17/11.
A empresa foi oficialmente informada do resultado por meio do Ofício Conjunto enviado em 17/10/2025.
Durante esta semana, os trabalhadores também se reuniram em ato em frente à EPE na manhã do dia 21/10, seguido de assembleia virtual às 14h30, via Zoom, para construção de uma nova proposta coletiva da categoria.
Mobilizações entre 13 e 16/10
A greve atual dá continuidade à paralisação de 72 horas realizada nos dias 14, 15 e 16 de outubro, marcada por uma série de encontros e manifestações que reforçaram as pautas do ACT 2025–2026:
13/10 – Reunião com a DGC da EPE:
Sindicatos e comissão de empregados se reuniram com Carlos Cabral, diretor da DGC, para reforçar os principais pleitos da categoria.
14/10 – Diálogo com o MME e a SEST/MGI:
Os trabalhadores se encontraram com Fernando Colli (Presidente do Conselho de Administração da EPE e Secretário Executivo-Adjunto do MME), Elisa Alves (Conselheira da EPE e Assessora Jurídica da SEST/MGI) e Heiguiberto Guiba Navarro (Assessor da SEST/MGI).
Foram apresentadas as perdas salariais acumuladas e a defasagem frente à inflação, o que levou os representantes do governo a se comprometerem a encaminhar os pleitos aos ministros e ao Conselho de Administração.
15/10 – Manifestação no CENPES/Petrobras:
Durante o evento sobre o papel das estatais nas ações climáticas, que contou com a presença da ministra Esther Dweck e do presidente da EPE, Thiago Prado, a comissão de empregados entregou pessoalmente à ministra o documento com as reivindicações da categoria.
16/10 – Reunião extraordinária com a empresa:
A EPE apresentou uma segunda proposta integral para o ACT, com alternativas de vigência anual e bienal.
👉 Acesse aqui o Ofício da EPE e a Pauta Consolidada para conhecer os detalhes da proposta.
O movimento dos trabalhadores da EPE segue forte, unido e mobilizado, em defesa de reajuste real, valorização profissional e reconhecimento do papel público da empresa.
Com organização e participação crescente, a categoria demonstra que nenhum direito será deixado para trás.
