Nesta terça-feira (12/12), primeiro dia da última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, trabalhadores e sindicatos foram às ruas no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre e Salvador. A mobilização cobra uma queda mais acentuada na taxa de juros no país. Nas redes, a estratégia foi subir a hashtag #JurosBaixosJá, marcando o @BancoCentralBr nos posts.
Desde agosto, quando o BC deu início ao ciclo de redução da taxa básica de juros, cada encontro do Copom, que acontece a cada 45 dias, resultou em reduções de 0,50 ponto percentual, mantendo a taxa elevada e impedindo um crescimento mais acelerado do país.
A expectativa é que, mais uma vez, a reunião termine com a mesma redução nos juros das anteriores. A taxa de juros deverá terminar o ano em 11,75%, mantendo o Brasil no 6° lugar do ranking de maiores juros nominais do mundo, perdendo apenas para Argentina, Turquia, Hungria, Colômbia e Rússia. No ranking de juros reais, o país ocupa a 1ª colocação.
O movimento #JurosBaixosJá começou em fevereiro. “Na época, a Selic estava sendo mantida em 13,75%, desde agosto de 2022, e seguiu nesse patamar até agosto deste ano. Por isso iniciamos uma intensa pressão nas redes sociais e nas ruas, com materiais didáticos em vídeos para explicar à população o que isso significa: crédito mais caro para as famílias e empresas, travando o crescimento do país e aumentando o endividamento de todos nós”, enfatiza o secretário de Assuntos Econômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale.
Assista o vídeo da Contraf/CUT sobre os juros altos.
Com informações da CUT e Rede Brasil Atual
Foto: CUT