Fonte: Rede Brasil Atual
Foto: Roberto Parizotti
Em fase de construção, o Plano Plurianual (PPA) para o período 2024-2027 recebeu no dia 12 de junho as propostas de trabalhadores e empresários, documento aprovado no Conclat 2022, para o documento, que deverá ser encaminhado ao Congresso até agosto. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, foi à sede do Sindicato dos Químicos de São Paulo, para receber documento das centrais. “Vocês já fizeram o PPA dos trabalhadores brasileiros”, afirmou. O PPA também vai orientar o orçamento da União.
A ministra pediu apoio do dirigentes para aprovação, no Congresso, da reforma tributária. “Sem crescimento não há emprego. Sem emprego não há renda. O Brasil não cresce há três décadas. Como crescer com esse sistema tributário? Só tem uma bala de prata”, disse a ministra, ao reafirmar expressão para se referir à reforma e pedindo o “lobby legítimo” dos trabalhadores no parlamento. Segundo Simone Tebet, é o único caminho para o país crescer de forma “sustentável e duradoura”.
Momento oportuno para o Copom
A ministra comentou ainda sobre a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na semana que vem. As centrais farão novo protesto contra os juros altos no dia 20. Para ela, fatores como crescimento do PIB acima da expectativa neste ano e desaceleração da inflação podem proporcionar um “ambiente de conforto” ao Copom, para que ao menos sinalize queda da taxa de juros na reunião seguinte.
A secretária nacional de Planejamento, Leany Lemos, lembrou que o governo vai realizar plenárias nas 27 capitais para colher sugestões para o PPA – 200 mil pessoas também já acessaram a plataforma digital. Os “eixos” são desenvolvimento social, desenvolvimento econômico e defesa da democracia. “Todas as políticas públicas estão sendo pensadas.”
Assim, em nome das centrais, o presidente da UGT, Ricardo Patah, disse que o movimento sindical apresentou uma pauta “factível”, com vários temas. “Não somos invisíveis como pouco tempo atrás. Não vai ser fácil. Essa reconstrução tem que ser solidária, planejada, e passar credibilidade para a população. (…) Nós estamos aqui para ter um Brasil cidadão, de distribuição de renda. O Salário Mínimo já foi um bom começo.”