Uma semana de conquistas sindicais: classe trabalhadora pauta a política nacional contra as privatizações

Olímpio Alves dos Santos, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Rio de Janeiro - Senge RJ, comemora a conquista da classe trabalhadora, que usou sua força em prol da população, denunciando os perigos da privatização de serviços públicos.

Os sindicatos dos trabalhadores da Sabesp, CPTM e Metrô comemoram ter alcançado o objetivo da greve que parou São Paulo na última terça-feira: o debate sobre as privatizações está colocado para a população.

O presidente do Sindicato dos Engenheiros no Rio de Janeiro, Olímpio Alves dos Santos, destaca que “pela primeira vez, em muito tempo, categorias se uniram para fazer uma luta política, para além de questões corporativas e econômicas. Pautaram a entrega dos serviços públicos – construídos com o dinheiro da população – a fundos abutres. É uma luta fundamental para o futuro do país e da sociedade”.

Segundo Olímpio, o avanço político dos trabalhadores do setor dos transportes públicos em São Paulo certamente terá repercussões futuras na luta da classe trabalhadora, uma vez que o combate às privatizações é urgente.

Trabalhadores contra o neoliberalismo

A força da classe trabalhadora para a denúncia da venda dos bens públicos ficou evidente esta semana: 95% dos cerca de 6.500 funcionários do metrô aderiram à paralisação. Na Assembleia Legislativa, deputados já articulam um pedido de plebiscito para escutar a população sobre o tema.

Essa visão neoliberal precisa ser destruída, porque ela está destruindo as próprias relações humanas.” – Olímpio Alves dos Santos, presidente do Senge RJ

Já a narrativa que a direita buscou montar em oposição à greve ruiu frente à realidade dos fatos. Após a declaração do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de que “as linhas concedidas à iniciativa privada não estavam deixando o cidadão na mão”, a linha 9-esmeralda do trem foi paralisada, segundo os ferroviários, por falta de manutenção.

“Essa visão neoliberal precisa ser destruída, porque ela está destruindo as próprias relações humanas. Por isso, essa greve foi muito importante. É um avanço político da classe trabalhadora que tem nosso total apoio e solidariedade. Ela mostra que estamos do lado dos interesses da sociedade, não apenas dos nossos interesses imediatos. Durante o governo Bolsonaro, quando tudo era privatizado, tentamos articular esse movimento, mas não conseguimos. Esperamos que essa mobilização continue.”, finaliza Olímpio.


Texto: Rodrigo Mariano / Senge RJ
Com informações da CUT
Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil

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