Convidado em regime de urgência, em função da presença de seu nome entre os espionados pela ABIN paralela a pedido do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro ao então diretor da agência, Alexandre Ramagem, o diretor de Negociações Coletivas do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge RJ), Felipe Araújo, foi entrevistado pelo jornalista Mauro Lopes no Manhã Brasil, programa matinal do canal de Jones Manoel, Farol Brasil.
Na entrevista da manhã da última quinta-feira (26/06), Araújo contou que, embora o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) soubesse que incomodava a cúpula entreguista que tinha como objetivo roubar a Eletrobras do povo brasileiro, encontrar os nomes dos dirigentes no relatório da Polícia Federal foi uma surpresa.
“Sabíamos que a campanha Salve a Energia pelo Futuro do Brasil estava incomodando, ao alertar a sociedade sobre o que estava acontecendo com a Eletrobras, mas não passou pela nossa cabeça que a própria ABIN estivesse nos espionando. Agora temos materialidade sobre o quanto estávamos sendo um empecilho para o plano dos canalhas que estavam no poder naquela época, e como esse plano era importante para a burguesia brasileira”, destacou Araújo.
O diretor do Senge RJ também apontou a importância da organização dos trabalhadores, evidente nas entrelinhas da arapongagem promovida pelo governo fascista de Bolsonaro. “Éramos poucos dirigentes, com parcos recursos, apenas com a organização dos trabalhadores, mas conseguimos parear forças com os que tinham a máquina do governo e da empresa nas mãos. Isso é importante para que tenhamos noção de como somos alienados da nossa própria capacidade, do quanto conseguimos alcançar se nos organizarmos efetivamente.”
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