(Foto: Mídia Ninja)
Depois de um ano do afastamento de Dilma da Presidência, as forças golpistas seguem destruindo o país. Para ter sucesso com o golpe de Estado, o bando que hoje governa o Brasil, liderado por Michel Temer, provocou uma crise econômica, política e moral jamais vista.
As Forças Armadas sequer têm dinheiro para garantir a segurança das fronteiras do país. As universidades federais estimam que têm verba somente até setembro. Os gastos sociais dos ministérios estão congelados por 20 anos.
O desemprego cresce, principalmente entre jovens, mulheres, negros e no Nordeste. Sob o governo Temer, mais de um milhão de beneficiários do Bolsa Família foram excluídos do programa.
É a decisão que poderá condenar milhares de pessoas a morrerem de fome. Enquanto isso, não falta dinheiro para comprar parlamentares e as- segurar a impunidade de Temer.
Mas o golpe promovido pela mídia – leia-se, Rede Globo –, setores do Poder Judiciário e dos partido políticos derrotados nas eleições presidenciais de 2014 (liderados pelos tucanos) evidenciou outras mazelas que exigem urgentemente reformas políticas para retomarmos o caminho da democracia.
O Judiciário, com seus salários e benefícios obscenos e com atuação partidarizada, não hesitou em violar leis para ser conivente com o golpe. É preciso repensar esse poder para que ele realmente seja identificado com os interesses do país e do povo.
Além disso, democratizar a comunicação é uma tarefa necessária e cada vez mais urgente. O golpe também evidenciou a falência do sistema político e partidário. E a gravidade da crise política exige uma nova Assembleia Nacional Constituinte, exclusiva e soberana.
Essas mudanças passam pelo desafio de derrotar as forças reacionárias e neoliberais em 2018. Precisamos eleger um governo identificado com os interesses populares e com coragem e determinação para promover mudanças estruturais.
Mas as mudanças exigem, também, o povo na rua, em luta. Afinal, a elite econômica e política só atende os seus interesses particulares e do capital internacional.
Por último, é preciso pensar o país além dos calendários eleitorais. É necessário um projeto de desenvolvimento político e econômico de caráter popular que assegure um país socialmente justo, democrático e igualitário.