por Viviane Romero
A diretoria do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ) participou da Festa do Dia do Trabalhador, organizada pela Central Única dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (CUT-RJ), na última sexta-feira (01/05), na Lapa. O ato político-cultural teve como foco a defesa dos direitos, da democracia e o combate à corrupção.
O diretor do Senge-RJ Jorge Saraiva da Rocha destacou que esse 1º de Maio é particularmente importante por conta do período grande de instabilidade política do país.
“Hoje há toda uma tentativa de retorno de um período que a gente já achava que já tinha superado na história, que é a ditadura militar. Também está muito presente a tentativa de retirada de direitos. Para impedir que esses movimentos tomem força é importante que o trabalhador venha para a rua. É preciso que tenha voz”, declarou Saraiva.
Jorge Antônio, também diretor do Senge-RJ, ressaltou que 2015 é um ano muito desafiante para o movimento sindical e para a organização dos trabalhadores, por conta das tentativas do Congresso Nacional em reduzir direitos conquistados. Ele apontou que o Senge-RJ apoia a unificação de atos, como o realizado na Lapa, para fortalecer a luta pela manutenção das conquistas.
“O Senge-RJ veio participar do ato para reafirmar a proposta de ações conjuntas entre as organizações sindicais. É necessário mostrar essa unidade perante o restante da sociedade. É preciso buscar a unidade para poder avançar. Por isso, o Senge-RJ estará sempre estará envolvido quando esse tipo de evento for realizado”, declarou.
A grande mobilização popular no ato comemorativo do Dia do Trabalhador foi visto pelo Presidente da CUT-RJ, Darby Igayara, como um fato histórico. O motivo seria a concentração e unificação do movimento de esquerda do Rio em um único evento.
“O movimento é propício. É fundamental porque a vida política do país está em efervescência, em processo de mudança da nossa democracia. E para lembrar em democracia, ela está em jogo no Brasil. Vamos resistir a isso e garantir a democracia colocando a massa na rua, unificando e construindo um grande movimento de esquerda”, declarou.
A história do surgimento do Dia do Trabalhador foi lembrada pelo deputado federal Wadih Damous, que também fez questão de frisar que a data ganhou uma importância maior deste ano. Isso por conta da conjuntura política, em que predomina uma pauta conservadora e a possibilidade da perda de direitos conquistados.
“Esse 1º de Maio mais do que nunca tem uma importância de resistência. Resistência da pauta conservadora, resistência para barrar o PL 4330 que amplia o processo de terceirização no país e das medidas provisórias que retiram direitos dos trabalhadores.”
